O que significa para cada um/a de nós viver em democracia?
Muitas vezes, associamos esta palavra apenas a eleições, posições partidárias ou sistemas políticos. Mas a democracia vai muito além disso: é também o modo como vivemos, como nos relacionamos e como damos espaço às diferenças no nosso dia a dia.
A democracia começa em cada pessoa. Está no gesto de escutar com atenção, na escolha consciente de respeitar quem pensa diferente, no esforço de criar pontes em vez de muros. É um exercício vivo, que se renova todos os dias.
A democracia começa na educação
O Dia Internacional da Democracia é celebrado a 15 de setembro desde 2007, numa iniciativa proposta pelas Nações Unidas. O objetivo é recordar-nos de que este é um valor universal, essencial à dignidade humana, à diversidade e à participação de todos e de todas.
Mas a democracia não acontece apenas em assembleias ou eleições livres. Manifesta-se nas equipas de trabalho onde todas as vozes contam. Manifesta-se nas famílias onde cada pessoa pode expressar-se. Manifesta-se nas comunidades que se constroem pela cooperação. É um convite a sermos cidadãos e cidadãs ativos/as, conscientes e responsáveis.
A democracia e a educação devem estar de mãos dadas: tal como em qualquer treino, é preciso presença, equilíbrio e compromisso para que possam florescer relações mais saudáveis e sociedades mais justas.
A democracia como prática quotidiana
Se pararmos para refletir um pouco, cada uma das nossas escolhas é também um ato democrático. Eis três dimensões simples que nos ajudam a facilitar este processo:
- Escuta ativa e empatia – A democracia começa quando damos espaço à voz da outra pessoa, ouvindo sem interromper e procurando compreender.
- Consciência e responsabilidade – Cada gesto importa. A forma como comunicamos, colaboramos ou respeitamos constrói o coletivo.
- Colaboração e valorização da diferença e da diversidade – As diferenças não são obstáculos, mas riquezas. Uma equipa diversa é mais criativa; uma comunidade que acolhe é mais resiliente.
Na prática, isto significa:
- Nas equipas: criar espaços onde cada pessoa se sinta integrada e bem-vinda.
- Na família: cultivar diálogo e participação em decisões do quotidiano.
- Na comunidade: assumir pequenos gestos de inclusão e cooperação que façam a diferença.
Uma reflexão final
Neste Dia Internacional da Democracia, desafiamos a olhar o seu dia e questionar:
De que forma as minhas escolhas podem (re)criar um mundo mais justo, colaborativo e humano?
A democracia é presença. Viva em cada gesto consciente, em cada palavra que constrói, em cada espaço de escuta que ofereça. A democracia não é um destino, mas sim uma prática contínua.
Hoje é o momento certo para começarmos.
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