
A casa é o nosso abrigo.
O lugar onde recolhemos para descansar ou conviver com família ou amigos. O espaço no qual quotidianamente guardamos todos os nossos objetos e memórias. Na singular pandemia que reveste a realidade em que vivemos hoje, encontramos motivos e a disponibilidade para reavaliar o espaço que nos protege e envolve dia após dia.
A necessidade de confinamento social conduz a uma condição excecional, uma espécie de prisão domiciliária imposta para o bem comum. Contudo, podemos interpretar esta situação restritiva e sedentária como uma oportunidade única para um olhar crítico sobre os defeitos e qualidades da nossa casa.
Particularidades que de algum modo, funcional ou espacial, nos condicionam o desejado conforto na vivência da casa, tornam-se agora demasiado presentes e pesadas, resultado da exposição permanente às mesmas, hora após hora, dia após dia. Falamos de situações que poderão traduzir-se em diferentes profundidade de intervenção.
Eis alguns exemplos nos quais podemos investir a nossa atenção:
- Organização de mobiliário em espaços interiores. A disposição desajustada de mobiliário na organização de um quarto ou sala, algo que sentíamos como desconfortável, torna-se agora demasiadamente evidente. Este momento de confinamento providencia a reflexão necessária para se proceder à mudança, ao renovar da perceção que temos de determinados espaços da casa que nos deixam mais insatisfeitos.
- Alteração de revestimentos e/ou iluminação artificial na nossa casa. Quantas vezes sentimos que a iluminação insuficiente (ou em excesso) perturba a nossa comodidade visual na fruição de um televisor ou computador? Ou até aquela cor de pintura ou revestimento cerâmico que nunca nos agradou e que no presente momento se torna mentalmente insuportável.
- Criação de novos espaços dentro da nossa casa. No exemplo mais profundo de intervenção, encontramos situações como paredes divisórias interiores que sempre se revelaram como obstáculo quanto à franca (e tantas vezes desejada!) ligação física entre espaços.
Por iniciativa própria ou através de aconselhamento técnico, é possível transformar a nossa casa numa nova casa! Uma renovação plena no modo de habitarmos o nosso abrigo, o nosso lar.
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