Todos nós ficamos satisfeitos quando sentimos que a nossa equipa funciona e dá frutos. A sensação de dever cumprido é maravilhosa!
Mas como chegar a este sentimento? De que forma podemos garantir esta satisfação?
A inteligência emocional constitui-se como uma enorme e valiosa aliada deste processo, maximizando as competências emocionais e utilizando-as para conseguir uma elevada performance profissional.
Apresentamos sete razões que justificam o desenvolvimento das competências emocionais na gestão de equipas:
1. Otimizam a colaboração
As duas últimas décadas têm sido caracterizadas pelo aumento do trabalho em equipa – mais colaborativo – em detrimento do trabalho individual – mais competitivo. As pessoas com competências emocionais mais desenvolvidas estão mais disponíveis e comunicam melhor do que as restantes, o que lhes permite uma maior partilha de ideias e disponibilidade para ouvir os outros. São capazes de confiar nos seus colegas, acreditando e respeitando o trabalho de cada um dos diferentes elementos do grupo. Estão, também, mais propensas a pensar nos outros antes de tomar decisões.
2. Reforçam as competências de liderança
Líderes com competências emocionais mais trabalhadas são pessoas que, para além de fomentarem o desenvolvimento dos outros, sabem como estar e como motivar a sua equipa. Ao conhecerem-se bem, também são empáticos com os seus colaboradores e sabem como se relacionar com eles de forma positiva. Tratam todos da mesma forma, com respeito e sem privilégios. Cometem erros, mas – ao invés de se desculparem – demonstram que sabem aprender e crescer com esses erros. Praticam uma comunicação eficaz, com particular atenção na escuta ativa e no feedback. Estão sempre disponíveis, principalmente para ajudar quem necessite de apoio para desenvolver o seu trabalho, servindo como exemplo para todo o grupo.
3. Fomentam um maior autoconhecimento da equipa
Para funcionarem como um todo coeso, potenciando a colaboração, é fundamental que todos os elementos conheçam também as capacidades de cada um/a – em termos de timings e energia, emocional e física. Uma importante qualidade das equipas com influência determinante neste aspeto é a sua confiança interna. É importante manter um equilíbrio entre o relacionamento estabelecido pelos membros da equipa e as tarefas que lhes estão destinadas: se por um lado é fundamental focar no alcance dos objetivos, por outro lado devemos potenciar laços saudáveis. Encorajar e potenciar oportunidades para os diferentes membros da equipa não só a trabalharem juntos, mas também a relacionarem-se fora do trabalho pode constituir uma enorme mais valia para o grupo. Colaboradores que se relacionam bem fora do ambiente de trabalho tendem a comunicar de forma mais eficaz entre si e a estar mais motivados, principalmente em alturas profissionais mais difíceis.
4. Estimulam a motivação da equipa
A motivação é maior numa equipa quando os seus elementos possuem competências emocionais mais desenvolvidas. Quando as pessoas conseguem lidar com as suas emoções, entender o ponto de vista dos outros e evitar fazer julgamentos de valor, toda a energia dentro da equipa tende a ser mais positiva. Tudo isto permite que a comunicação flua com maior facilidade e que todos tenham o seu espaço e a sua voz. Gera mais coesão e permite aumentar a ligação individual (e emocional) ao próprio trabalho. A confiança nas capacidades e no trabalho dos outros é maior e os resultados serão o reflexo desta estrutura.
5. Promovem a empatia entre os membros da equipa
A empatia é um dos alicerces das relações positivas. No trabalho em equipa, o poder desta competência emocional é vital para que os seus membros consigam compreender-se mutuamente, evitando julgamentos e permitindo que todos se sintam confortáveis para expressar exatamente o que pretendem. Permite que todos os elementos do grupo se sintam bem e assumam o seu lugar, sem constrangimentos nem pressões. Permite, ainda, que as pessoas sejam mais criativas e proativas, estando mais predispostas a participar ativamente na resolução de problemas e tomadas de decisão.
6. Potenciam um ambiente relacional mais saudável
As relações de qualidade assentam na capacidade de se estabelecer um contacto positivo com os outros, reagindo adequadamente às suas emoções. Todos necessitamos de competências emocionais para compreender as relações interpessoais, lidar com os desacordos, gerir conflitos e perseguir em conjunto um objetivo comum. Gerir relacionamentos e criar redes, encontrar pontos em comum e cultivar afinidades são a melhor forma de construir um ambiente positivo, onde é fácil trabalhar.
7. Favorecem a Resolução de Conflitos
A flexibilidade para agir em diferentes situações é fundamental na resolução de conflitos. Sermos capazes de distinguir os problemas das pessoas e fomentar uma relação de confiança, permite-nos comunicar eficazmente no desenrolar de um conflito, através da escuta ativa, fazendo uso das diferentes técnicas de comunicação que favorecem a gestão adequada do próprio conflito. Ter autocontrolo e ser capaz de captar os estados emocionais das outras pessoas permite-nos reagir de forma apropriada, tratando as pessoas de acordo com suas reações emocionais e resolvendo construtivamente os problemas.
As competências emocionais que estão na base da gestão de equipas são uma preocupação frequente, comum às organizações e aos seus colaboradores: podem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas através do treino, da experiência e da disciplina, correspondendo às expectativas de todos os envolvidos.
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